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domingo, 30 de janeiro de 2011

Programa Completo de Treinamento Funcional


Para mim um programa completo de treinamento funcional é aquele que tem como objetivo resgatar o máximo de habilidades motoras perdidas ao longo do tempo e ao mesmo tempo potencializar os pontos positivos de nossos clientes. Aproximar ao máximo a destreza de nossos alunos ao auge de sua fase atlética (geralmente no inicio da fase adulta). Quantos de vocês nunca escutaram de seus alunos o quanto eles eram atléticos, ágeis e fortes quando jovem? Para chegar a esse objetivo não podemos focar nossas prescrições somente na forca mais sim em todas as habilidades biomotoras. Será que precisamos envelhecer para incluirmos treinamento de equilíbrio em nossas rotinas? Será que precisamos ficar lentos e descoordenados para iniciar trabalhos de agilidade e coordenação? Será que precisamos nos deparar com a falta de mobilidade ao fazer um movimento do dia a dia ou em algum esporte para iniciarmos os treinamentos de mobilidade e flexibilidade? Por que sempre correr atrás do prejuízo ao invés de se antecipar a ele? Podemos com essa excelente ferramenta (Treinamento Funcional) proporcionar a nossos clientes sejam eles atletas ou não treinos mais globais, divertidos e com resultados significativos.


Programa Completo de TF

Inicio - Avaliação – FMS (Functional Movement Screen)

1 – Liberação Miofascial
2 – Alongamento Estático
3 – Alongamento /Aquecimento Dinâmico / Ativação Muscular
4 – Agilidade
5 – Coordenação
6 – Treinamento com Peso (Força)
7 – Core
8 – Equilíbrio
9 – Desenvolvimento Sistema Energético

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

ENTREVISTA TV UNIFOR - TREINAMENTO FUNCIONAL


Reportagem cedida em dezembro de 2010 na CrossFit - Treinamento Funcional 

Agradeço aos repórteres e toda a equipe do programa Papo Saúde da Tv Unifor pela oportunidade de
explicar um pouco mais sobre o Treinamento Funcional. 

Fiquem ligados que em breve postarei mais vídeos. Nos próximos vídeos explicarei de uma forma mais técnica como trabalhamos com o Treinamento Funcional aqui na Academia. 

Abraço a Todos e Ate Breve!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Treinamento Funcional PROGRAMA COMPLETO Parte II

Aquecimento Dinâmico x Alongamento Estático


Em meados dos anos 80, pesquisas demonstraram que alongamentos estáticos antes das sessões de treinamento diminuíam a produção de força e conseqüentemente prejudicavam as sessões de treinamento. Outras pesquisas também demonstraram que o alongamento estático poderia ser uma das causas de lesão aguda ocorridas no treino. Fato este que não deixa de ser verdade, pois sabemos que o AE modifica o tecido, aumentando a distancia entra as linhas Zs e de outras estruturas prejudicando uma boa contração muscular.

A partir deste momento aconteceu um enorme desinteresse por parte dos treinadores pelo alongamento estático antes, durante e pos treino.

Para suprir esta lacuna surgiu então o Alongamento Dinâmico, com a prerrogativa de que ao alongarmos desta forma o músculo alonga e contrai em movimento melhorando o seu aquecimento especifico e lubrificando as articulações de uma forma mais funcional. A partir deste momento o AD ganha espaço nas salas de treinamento,  principalmente entre atletas. Afinal, nada mais coerente do que preparar o corpo com movimento para treinar movimentos.

O Outro Lado da Moeda:

Muitos artigos demonstram a importância do treino de flexibilidade na prevenção e tratamento de lesões crônicas.

A falta de flexibilidade é fator causador de diversas lesões que são acometidas de forma gradual e que necessitam de mudanças teciduais para recuperar-se.

A literatura mostra que o alongamento dinâmico não consegue causar mudanças teciduais significativas.

Algo que ajuda na diminuição da probabilidade no aparecimento de lesões jamais pode ser negligenciado em um bom programa de treinamento, pois se você quer que seu aluno ou atleta tenha resultados faça o treinar ao invés  de ir para uma sala de fisioterapia.

Afinal Estático ou Dinâmico?

Na verdade os Dois.

Baseado na técnica de grandes treinadores americanos e nas mais recentes pesquisas relacionadas a treinamento aqui na crossfit usamos os dois métodos em nossos programas.

Sabemos que na realidade o alongamento  estático é uma forma deficiente de aquecermos o corpo para os exercícios mas que estes são importantes na prevenção de lesões crônicas.

Já o alongamento dinâmico prepara melhor o corpo para os exercícios e ajuda na prevenção de lesões agudas.

Qualquer decréscimo de força causada pelo AE é minimizado pelo AD seqüente. Mike Boyle

Então por que não aproveitar o que há de melhor nas duas praticas sem deixar de colher os frutos que poderíamos ter se deixássemos um dos dois métodos de lado?

Treinamento Funcional PROGRAMA COMPLETO Parte I

Liberação Miofascial


A pouco tempo era muito difícil ver dentro de salas de condicionamento físico pessoas preocupadas com a prescrição de exercícios de liberação miofascial. Com a ajuda de vários pesquisadores sobre a conectividade entre fascias como é o caso de Myers e Bousquet, Mike Clark criou o termo auto-liberação Miofascial.

Mais afinal o que é a Fascia Muscular?
A fascia é uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo, com as funções de bainha elástica de contenção e de facilitar o deslizamento dos músculos entre si. De uma forma pratica ela é aquela pele branca que envolve a carne que compramos no supermercado.

O método de liberação miofascial segundo Michael Boyle consiste em aplicar uma determinada pressão ao tecido com o intuito de deformá-lo buscando uma reação química que ira resultar numa maior liberdade entre o músculo e a fascia muscular.

Essa mobilização do tecido mole estimula a formação de fibroblastos no qual ajudam a organizar transformando fibras de colágeno tipo 3 imaturas e desorganizadas em fibras mais fortes e alinhadas de colágeno tipo 1.  É como se passasse um pente em um cabelo cheio de nós.

A técnica da auto-liberação é muito simples basta pegar um implemento seja um rolo de espuma ou de PVC, bola de tênis ou ate mesmo de golf e utilizar o peso do próprio corpo para aplica uma pressão em lugares mais doloridos.

Segundo Myers é sempre bom lembrar que devemos ter uma visão global sobre liberação miofascial haja visto que as fascias tem conexão entre si e ligam estruturas que aparentemente não teriam ligação.

Nós aqui da crossfit alinhados com os conceitos de Michael Boyle, Gray Cook e Greg Everett usamos a auto-liberação no inicio das sessões de treinamento o que ajuda a diminuir a densidade muscular e conseqüentemente ajuda em um melhor aquecimento prevenindo principalmente lesões agudas.  

Se pensarmos em um elástico cheio de nós quanto puxamos as duas extremidades sem a liberação previa destes ira fazer como que este elástico não consiga esticar o quanto poderia e ainda ataria ainda mais os nós presentes.  Isso pode desencadear processo doloroso proximal ou em pontos mais distantes devido a conectividade interfascial que falei a pouco.

Fico aberto apara sugestões e criticas. e fiquem ligados nos próximos artigos. Abraço a todos.

Fica  a frase: Nem tudo o que apliquei ontem, aplico hoje e nem tudo que aplico hoje aplicarei amanha. A única certeza que a ciência nos dá é que devemos continuar estudando.



                              Sera que somos segmentados ou interligados?

TREINAMENTO FUNCIONAL - MITOS E VERDADES



Um método de treinamento muito antigo vem ganhando popularidade nos melhores sites de busca da Internet. O Treinamento Funcional chega ao mercado brasileiro com muita força e excelentes resultados. Com aproximadamente doze anos no mercado brasileiro o TF ganha espaço dentro das melhores academias e centros de treinamento esportivos.

Segundo a ferramenta do googlE chamada: google trends, o grande “bum” só aconteceu em meados de 2008-2009 no Brasil. Com a velocidade e facilidade de se obter conhecimento nos dias de hoje, o método acaba passando por um período onde é aplicado sem um conceito ou base fundamental definida por muitos profissionais.

Exercícios Funcionais, Trabalho em plataformas instáveis, Treinamento de “CIRCO”, Trabalho complementar a Musculação ou Musculação Funcional, são alguns exemplos destes conceitos. Devido a popularidade do youtube,  a falta de conhecimento prévio e a falta de senso crítico, muitos educadores físicos iniciaram a aplicação do método sem a base necessária para conhecer, prescrever e vender o método com propriedade.

O nosso conceito de TF nada mais é que o treinamento desportivo completo, aplicado a atletas sejam eles da vida diária ou profissionais levando em conta sempre a condição inicial do aluno. Nesse conceito aplicamos um treinamento visando melhorar a “performance” na Flexibilidade/Mobilidade, Agilidade/Coordenação, Forca (o que muitos ainda acham o TF não trabalha), Core, Equilíbrio, Sistema Metabólico Especifico e etc.

Desta forma o TF não pode se basear em Exercícios Funcionais haja visto que o TF é composto por um programa de treinamento e não apenas por um exercício isolado.

Como vimos acima o trabalho com bases instáveis é apenas uma das valências contempladas no programa que é o equilíbrio.  CIRCO: Muito se viu pessoas fazendo exercícios com halteres em cima de uma bola o que alem de expor o aluno a um risco muito grande não trabalha de forma funcional. Para piorar sabe-se que ao fazer exercícios de forca em cima de superfícies instáveis temos um decréscimo na produção de força.

No treinamento funcional contrariando o que muitos AINDA acham, também trabalhamos a força. Muitos perguntam como na musculação? eu respondo: Não como ela esta sendo aplicada, mais sim como deveria ser. Podemos sim trabalhar força de forma mais eficaz trazendo muito mais benefícios e resultados do que ao fazer a musculação tradicional. Podemos estimular as diferentes formas de força seja ela explosiva, resistente, potente e etc como também os diferentes tipos de contração excentrica, concentrica e isometrica.

Um exemplo prático: Um dos esportes onde quem ganha é o mais forte, como é o caso do levantamento olímpico, os atletas não fazem exercícios tradicionais de musculação em seus treinos mas sim exercícios multi-articulares e sem apoio como é o caso do TF, mais isso são cenas do próximo capitulo (TF x Musculação).

Então fica a dica: antes de aplicarmos qualquer método é muito importante a analise critica do mesmo, levando em conta todos os conhecimentos adquiridos com o tempo de profissão como também na faculdade nas disciplinas de fisiologia, biomecânica, treinamento desportivo e etc. A imagem do professor moderno e antenado pode rapidamente se transformar na de um professor de treinos malucos, que lesiona seus alunos ou que não consegue obter resultados.